Crônica do Cinematrônico
Por Gibran Teske
“Ó lhó lhó lhó lho/Sou manezinnho mas não sou nenhum bocó
Ó lhó lhó lhó lho/È É tas tolo, dás um banho oh bocoró...” . Essa tradicional marchinha que representa o povo de Florianópolis composta pelo André Calibrina infelizmente assim como as outras marchinhas deu lugar aos funk de duplo sentido e a música eletrônica que ficam na Arena Skol. Do mesmo jeito os tradicionais blocos aqueles com sopro e percussão acabaram dando lugar aos alto falantes dos carros e os trios elétricos que passaram a dominar a folia, apesar disso só tem poucos blocos que ainda mantém o carnaval de rua tradicional como o Sou + Eu
Ó lhó lhó lhó lho/È É tas tolo, dás um banho oh bocoró...” . Essa tradicional marchinha que representa o povo de Florianópolis composta pelo André Calibrina infelizmente assim como as outras marchinhas deu lugar aos funk de duplo sentido e a música eletrônica que ficam na Arena Skol. Do mesmo jeito os tradicionais blocos aqueles com sopro e percussão acabaram dando lugar aos alto falantes dos carros e os trios elétricos que passaram a dominar a folia, apesar disso só tem poucos blocos que ainda mantém o carnaval de rua tradicional como o Sou + Eu
Eu estou escrevendo essa crônica nova porque eu amo Carnaval desde quando frequentava os bailes infantis dos anos 80. Em 2016 eu fui ver os blocos de sujo do carnaval de Floripa coisa que eu sempre faço quase todo ano e durante as minhas andanças nesse dia o que eu notei claramente é que aquele Carnaval de rua que era animado com blocos tradicionais com bandas que tinha o sopro tocando a melodia das tradicionais marchinhas a plenos pulmões embaladas pela percussão empolgada dando a volta pela Praça XV além de ter sido considerado o melhor carnaval de rua do Brasil ao lado do carnaval de Olinda, do Rio de Janieiro, de São Paulo e de Salvador não existe mais. O que eu vi ali foi uma desnecessária guerra de som alto. De um lado vi blocos aleatórios tocando funk de duplo sentido no som mecânico, de outro lado vi pessoas aleatóreas escutando música eletrônica nos altos falantes dos carros disputando com o trio elétrico que em suas caixas de som está tocando o mesmo estilo musical. Além disso que citei esse ano de 2017 o atual prefeito Gean Loureiro decidiu cortar as verbas que são destinadas ao carnaval de rua assim forçando cancelamento do desfile do Berbigão do Boca (foto) que depende de 50% do dinheiro que veio da Prefeitura
Sinceramente estou decepcionado com os rumos que isso está tomando, pois a espontaneidade natural de antigamente que o Carnaval de Floripa tinha está se perdendo e confesso que a Orquestra Voadora dá um banho nesses blocos de sujo que som mecânico com funk e música eletrônica assim afastando os blocos tradicionais como o do Bloco do Lira que decidiu focar apenas no Carnaval de salão em sua sede. Ao contrário do que está lamentavelmente acontecendo em Florianópolis lá no Rio de Janeiro a Orquestra Voadora anima o povão porque toca de tudo misturando músicas nacionais e internacionais tocando do jeito tradicional na base do sopro e percussão sem depender de cervejaria e da Prefeitura do Rio de Janeiro que apenas cede o local do desfile. Não é a toa que a Orquestra Voadora ganhou várias Serpentinas de Ouro do Carnaval carioca de melhor bloco por vários anos consecutivos. Eu acho que os blocos de Florianópolis deveriam parar com essa dependência da Prefeitura e da Skol decidindo voltar a ser o que era nos anos 70, 80 e 90 fazendo os desfiles nos moldes da Orquestra Voadora: desfile tradicional, espontâneo, sem verba da Prefeitura e da Skol.
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